Pular para o conteúdo principal

We Will Not Let You Go

Hoje foi um dia daqueles. Eu fiquei em dúvida se me animava pra festa ou me entristecia por causa da despedida. Escolhi fazer os dois. Me arrumei, Flora veio pra cá, Jean e Hulft também, fui de queixo erguido e coração na mão. E consegui aguentar o choro, incrivelmente, até a metade da festa. Mas foi totalmente impossível não chorar com Lola cantando Tears In Heaven e você tocando. Qual é, fala sério, é golpe baixo. Eu sempre choro com essa música normalmente, imagina se tem motivo pra chorar? Eu sei que você é uma criaturinha irritante, mas que vai fazer uma puta falta nos meus dias, ok? Vou morrer de saudades, infinitas saudades. E daí que são só seis meses? Ainda vou me acabar de saudades, sua coisa chata. Fico só lembrando, sabe? Eu te acordando na aula, a gente fazendo piadinhas escrotas tipo o "delta face", incentivando discussões esdrúxulas sobre nada, rindo a toa, implicando um com o outro, você me ouvindo quando eu tô #bolada e vice e versa, aqueles segredos, aquelas conversas a luz do luar (sim, já estou contando com hoje e com o party hard), todo o seu apoio sempre que preciso em qualquer besteira idiota (mesmo que muito idiota), seus abraços toda manhã, você comendo minha comida, sua chatice matinal, suas cantadas de pedreiro nos boes da sala, suas piadinhas sem a menor graça, suas piadinhas cheias de graça, seus foras monumentais, sua revolta de semana literária, ALFREEEEEEEEDO <3, enfim, todo o nosso amor que sobreviveu todos esses anos, apesar das suas insinuações frequentes sobre certas atividades supostamente ocorridas em uma pia. Isso tudo foi só pra te fazer chorar mais um pouquinho e levar com você um pouco da saudade que eu vou carregar no peito, tá? Muito boa viagem, ótima estadia, que os amerigordos não pratiquem bullying com você, e muito amor pra você levar até voltar, que por aqui você tem as fontes. Sim, no plural, acho que posso te chamar de um dos meus melhores amigos, mesmo que você aperte minha cara e me chame de guei. Apesar de todo o meu sono e cansaço, ainda vou ver weeds e precisava escrever todo esse texto guei pra você ler, por que eu sou chata a esse ponto <3
No final das contas, é tudo pra dizer que já tô com saudades, que te amo, e que se você arranjar uma chata mais chata que eu por aí e tentar me trocar, eu vou cortar a sua cara.

PS: Olha esse link: http://www.youtube.com/watch?v=xsWh4YaD3HE

E é bom você cantar quando voltar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Espero nunca te perder

Flashes. Todos disparavam na minha cara, como lanternas ofuscantes. Tudo que eu queria era um banho, quente, de banheira. Isso seria possível se os paparazzis me deixassem em paz. Paz. Estava aí uma coisa que eu precisava. Nada melhor do que o anonimato. Por que todo mundo quer ser famoso, afinal? Eu fiquei famosa, mas perdi tudo que me importava de verdade. Meus amigos, familiares, e principalmente você. Os perdi indefinidamente, e infelizmente não sabia como voltar. Aos teus abraços, aos teus beijos e ao teu carinho. Nada disso valia. Eu jogaria tudo pro alto por um simples aceno teu. Mas agora não conseguia falar contigo. E não querias falar comigo. Não depois do modo como eu o humilhei. Indiretamente, mas humilhei. Aqueles rumores jamais deveriam ter ido parar nas revistas. Estúpido concurso. Se eu não tivesse me inscrito nele, jamais teria me separado de ti. Confesso que viver sobre os holofotes não me apetece mais. Nada me apetece mais sem você. Aquele concurso de escrita foi min...

Ventura (Parte 1)

“Som de tapa seguido de um longo e sofrido suspiro. Cortinas abrem, Brenda caída no chão.” BRENDA: Do meu pranto, veio a lágrima. Da lágrima, verteu o sofrer. Qual diferente sina me aguarda? Hei de contar-lhes minha história, hei de vencer o porvir. O futuro, tão incerto, mas quem sabe menos sofrido que o presente viver. “Brenda sai, entra Artur” ARTUR: Que fúnebre entardecer. O objeto que me desperta fúria é o mesmo que me desperta o amor. Que hei de fazer? Pobre de mim, que amo, mas não sei fazê-lo. “Anda até a cama, onde encontra uma camisola antiga de Brenda. Pega a camisola e a abraça” ARTUR: Minha amada! Que saudades guardo de ti, no meu pequeno coração. Pobre de mim, pobre de ti. “Sai Artur, deixando a camisola em cima da penteadeira. Entra Helô” HELÔ: Sempre há o que se arrumar! Só discutem, sempre há um pormenor! Vinte anos vivendo sob os mesmos fantasmas. Tenha piedade, Deus. “Helô dobra a camisola e deposita em cima do travesseiro. Sai Helô. Entram Tomás e Bia” TOMÁS: Vossa...

Chuva

A imagem clichê da boemia juvenil de uma semi mulher sentada na frente do laptop, com um cigarro na mão, uma blusa larga digitando asneiras num microblog online. Queria ser josé saramago. Compartia com ele o coração de carne que sangrava todo dia, o vício no cigarro e o desgosto por parágrafos e letras maiúsculas. Que difícil que é digitar segurando um cigarro. Apagou o que segurava pra melhor vomitar palavras sem nexo e sem conexão, de maneira furiosa, no teclado à sua frente. Sem nexo, furiosa e sem conexão, na verdade, eram palavras chave do poço de sentimentos adversos e cruéis que assolavam sua alma, meio mazelada, pendendo pra a reclusão. Sempre disse a si mesma que seu sofrimento era belo quando colocado em palavras, e esse texto era uma desesperada tentativa de ver beleza na dor. Não aguentava mais encher o feed de textos sobre si, por que tinha a leve (e correta) impressão que todos cansaram de lhe dar ibope por coisas vazias, mas cheias de coisas que ela tirava do profundo ...