agonia sem nome no peito. coisas que não sabia nome, sabia sentir o sentido dos sentimentos. jorrava sentimentos esparsos e cansados, temerosos.
talvez ressentia ter que ficar enjaulada dentro de várias coisa e dentre elas a doença. a cabeça pesava. de peito aberto pra sentimentos que ela arreganhou porteira, pra aquela agonia inominável.
temia que agora que mostrara o pior de si, aquilo assustasse. que estivesse chacoalhando demais o peixe no saquinho, apertando demais o passarinho na mão, até que ele desse o suspiro final.
tinha medo de sentir aquela dor outra vez. mesmo sabendo inevitável e que o pra sempre é fantasia de fábula que nos contam na infância.
se mostrava inteira, mas nem sempre o que tinha pra mostrar tinha o glamour do mistério. as vezes, e muitas vezes, era só ela, desnuda, confusa e cansada no fim de mais um dia cheio de pensamentos ansiosos e paranoicos brincando de pingue pongue na cabeça. o desnudar-se deixava ela insegura que estivesse entregando demais e entregando tudo mas concomitantemente qual era o ponto de viver se não entregar tudo?
o pior foi amplificado com o passar dos dias da modorra da rotina e do todo dia e da água que corre do dia a dia.
o que ontem foi confortável hoje abre espaço pra castelos imensos.
zonza de tanto pensar e se afundar nos recônditos do sentir, as vezes o torpor do não existir é exatamente o necessário pra tudo parar, inclusive a inquietude que abafa o respirar.
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