Tão jovens. Corriam pra lugar nenhum, sorriam por motivo algum, e deitavam na areia branca da praia por que o sol já estava pra nascer. Depois de umas cervejas, tudo ficava mais interessante, até rir de nada. Rir sem motivo, rir sem por que. Se a vela apagou por dentro, ainda existe um semblante pra sustentar. Danças sociais aparentemente frenéticas, cobertas com um pano quente pra amparar suas lágrimas. Triste, triste. Ela estava triste. Vendo a chuva cair na janela, semi absorta nos seus problemas de relacionamentos amorosos (o problema principal é que eles eram inexistentes). Gostava de ver como caíam as gotas no chão, bem pequenininhas, do oitavo andar. Se imaginava caindo lá de cima, que nem as gotas. E, assim, de repente, a dor se tornava tolerável.
Flashes. Todos disparavam na minha cara, como lanternas ofuscantes. Tudo que eu queria era um banho, quente, de banheira. Isso seria possível se os paparazzis me deixassem em paz. Paz. Estava aí uma coisa que eu precisava. Nada melhor do que o anonimato. Por que todo mundo quer ser famoso, afinal? Eu fiquei famosa, mas perdi tudo que me importava de verdade. Meus amigos, familiares, e principalmente você. Os perdi indefinidamente, e infelizmente não sabia como voltar. Aos teus abraços, aos teus beijos e ao teu carinho. Nada disso valia. Eu jogaria tudo pro alto por um simples aceno teu. Mas agora não conseguia falar contigo. E não querias falar comigo. Não depois do modo como eu o humilhei. Indiretamente, mas humilhei. Aqueles rumores jamais deveriam ter ido parar nas revistas. Estúpido concurso. Se eu não tivesse me inscrito nele, jamais teria me separado de ti. Confesso que viver sobre os holofotes não me apetece mais. Nada me apetece mais sem você. Aquele concurso de escrita foi min...
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