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Mostrando postagens de 2014

Final De Ano, Sentimentalismo, E Outros Delírios

Por que, no meio de novembro, eu entrei na onda de fazer vídeos do facebook pras 3 pessoas mais especiais do meu ano: Por que eu acho que a gente não agradece o suficiente. E não tô falando de agradecer entre quatro paredes, nem de agradecer baixinho pra ninguém ouvir. Tô falando de agradecer pra todo mundo ouvir, todo mundo ver. O fato de 2014 ter sido o ano mais incrível da minha vida, o meu primeiro ano de graduação, um ano de primeiras vezes, um ano que me reconciliei com D'us, que veio cheio de mudanças, dependeu, em muito, das várias pessoas lindas que continuaram me acompanhando, ou que se juntaram para fazer parte da minha trajetória. Sendo assim, as agradeço, primariamente, por existirem. Obviamente, é o agradecimento mais importante. Agradeço pelos socorros prestados quando minha casa alagou, quando precisei de colo, de amor, carinho, e atenção. Obrigadas em particular, pra vocês se encontrarem nessa bagunça que é meu raciocínio lógico (ou falta dele). Obrigada pra

Em Busca Do Que É Belo E Vulgar

No carro, já iam se preparando para mais tarde. Conversavam, todos, e cantavam Katy Perry. Ao escurecer, já tinham chegado. Bem a tempo do próximo shot. Noite finda, com as estrelas como teto, e a lua como luminária. Todos riam em volta da churrasqueira, comendo e bebendo. Bebendo uma. Duas. Sete. Dez. Peraí, quantas foram mesmo? Um brinde. Ao tempo de pipa, ao reencontro! No quarto, sentados, riam. - Acho que deveríamos jogar alguma coisa! - E eu acho que não temos condições mentais de jogar nada. - Que tal poker? - Que tal porco? - Devíamos deixar tudo mais interessante... - Como? - Quem perder bebe e tira uma peça de roupa. Assim, sem mais nem menos, começaram. O alter ego bêbado entrou no quarto, e semi desmaiou na cama atulhada de roupas, atrás da interlocutora lírica que vos fala. Após tal entrada triunfal, começaram a despir os preconceitos, um a um. Despiram o ódio, a raiva, o pudor, e as roupas. Muniram-se de amor, confiança e reencontro. Foram perdendo as peças de

I'm Honest, Brutal

And afraid of you Era metida a escritora. Sentia uma vontade extrema de externar seus sentimento batendo furiosamente nas teclas do computador, mas frequentemente seus dedos perdiam a inspiração. E temiam escrever algo que ninguém tivesse vontade alguma de ler. Medo. Era isso que ela tinha. Queria se aventurar pelo mundo, mas quando fazia planos de sumir por dois dias que fossem, sentia medo de ser esquecida. Gostaria de morar fora, conhecer outra cultura ou fazer um mergulho na sua própria, porém, sempre que se sentia impelida a dar o primeiro passo pra fora de casa, seu telefone tocava e alguém precisava da sua ajuda pra algo. Sentia medo de não ser querida. Tinha vontade de escrever um livro, entretanto, quando começava a diagramar todos os seus contos favoritos, convicta de enviar para a editora dessa vez, via que seu blog teve 15 vizualizações nos últimos seis meses, e temia não ser comercial. Lhe apeteceria um pedaço da torta que está no freezer, mas engordar a aterrorizava

There's Room For Two

Six feet under the stars Encaixotada. Encapsulada. Trancada. Fechada. Sentia como se dançasse um balé torto, ao som de uma música qualquer, em uma boate sem nome, no palco da vida. Sempre se sentia assim nas segundas feiras. Um lixo. Porém, como era obrigada a se arrastar da cama para um dia razoavelmente ensolarado, e que não refletia em nada seu humor matinal, levantou-se. Trajava uma calcinha preta e uma blusa recortada para revelar apenas o necessário. A réstia de luz entrando pela janela semi aberta a perturbava, assim como o calor quase insuportável que fazia naquela manhã. Lavou o rosto, e amaldiçoou o maldito período menstrual por deixá-la absolutamente intragável aos olhos. Deu um jeito de arrumar quase decentemente o rosto pipocado de espinhas e o cabelo lambido. Despejou comida na tigela do seu cachorro que balançava o rabo atrás dela, e voltou ao quarto para se vestir. Era um antro de coisas não identificadas e desejos reprimidos. Vestiu as roupas de qualquer jeito, co

I Cheated Myself

Like I knew I would. Vagas lembranças assolavam o interior do seu quarto, enquanto ela dormia. Como se tudo estivesse bem. Como se uma outra mulher não tivesse sido machucada na noite anterior. Como se ela, com um organismo mecânico, movido a cervejas, coca e sexo, não estivesse alquebrada por dentro. Como se seu lento coração não estivesse prestes a parar, e só se movesse, lentamente, por que está preso na sua caixa torácica, esperando um ataque cardíaco. Esperando não mais ter que se dar ao trabalho de bater. Infelizmente, esse dia nunca chegava. Dormia, mas dormia profundamente. Só conseguia dormir depois de um quase coma, ou depois de uma dose, uma última dose, que saciava seus desejos mais obscuros. Uma fileira de caras passavam por sua vida, vazia. Vazia. Tão vazia, mas tão vazia, que fazia eco dentro de si e voltava. Cada um, a marcava de uma maneira diferente. Alguns, deixavam marcas de cigarro na sua mesa de cabeceira. Outros, deixavam marcas de copo na mesa da cozinha. E

O Esforço Pra Lembrar

é a vontade de esquecer… - Oi, tudo bem? - Tudo, tudo. E com você? - Também… - Escuta - Posso ir aí? - Era isso que eu ia pedir - Tô te esperando Desligaram o telefone de maneira seca. Mas dentro do seco, havia um oco. Um oco de saudade, uma pressa cheia de sentimentalismo. Abriu a porta, com receio. Receio de ter uma cara cansada, de ter um corpo fatigado. Não era. Um sorriso inundava sua face. Estava tudo bem. Abraçaram-se, enquanto ela pensava e cantarolava a letra de Tempo Perdido. - Quase sufoquei sem você. - Meu peito parecia sempre pesado. - O meu também. - Que saudade, meu amor. - Você não imagina o quanto eu senti tua falta. - Eu faço uma ideia. Riram. E passaram o dia grudados, como um dia haviam de passar a vida. ~ - Vocês vão ter que aceitar. - Não consigo acreditar que vocês estão juntos. - Isso é problema meu, e não de vocês. Informei pra cargo de informação. Estamos juntos e vamos ficar juntos, quer vocês gostem ou não. - Se é de sua escolha… - Si