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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Happy Ending?

"And I will be, all that you want, 'cause you keep me from falling apart" Nada. Era tudo o que Coral via. Nada. O vazio comprimia seu estômago, acentuando a dor crônica que a incomodava faziam alguns dias. Nada de novo, pra falar a verdade. Coral prosseguiu com sua dor descomunal, no branco dos olhos. Nada a podia impedir, e finalmente podia fazer o que sempre quis, desapaixonar. Coral preferia a abstinência, disso podíamos todos ter certeza, mas apaixonou-se. Louca e profundamente, sem um caminho de volta. Nada que ela queria pra si, somente a infame desgraça de um novo amor, como um novo caderno, virgem, pronto pra ser escrito e pintado da forma que ela queria. Podia-se deixar mergulhar de cabeça, mas não queria. O mergulho imbossibilitaria a si de andar livremente, como algemas, as quais nunca gostou. Ao pé do trampolim, escolhia se ia ou ficava. Trajando sua roupa de banho, e tremendo devido ao frio gélido e a grande escolha que estava prestes a fazer. Nunca favoreceu

Is love all I need?

"There's nothing you can't do that can't be done (...) All you need is love" Um abraço. Um beijo. Nada que dois amantes achassem incomum. Nada que um romance proibido não provasse no sempre, na rotina. Na falta de rotina que um amor proporciona. Um romance perdido, dois corações partidos. Na falta de um par, vai-se um, solitário, a andar pela alameda, aos pedaços, com seus farrapos. Aos tropeços, vê-se um semblante à vagar assim como si, aos farrapos, despedaçado. Mas este é diferente. Está aos farrapos, mas as lágrimas não escorrem mais. Os pedaços se juntam, e ficam, aos poucos, inteiriços de novo. Algumas profundas cicatrizes aparecem, e o primeiro coração se espanta. Embebe-se no espanto, e uma pontada de dor envolve-o mais fortemente. Alcool. O pobre coração está cansando de andar por aí sem um destino certo. Drogas. O pequeno coração tenta se regenerar, mas não é bem sucedido, a dor que o embebe supera os sentimentos externos, é extremada. Nada se condiz, es

Love.

- Eu não posso deixa-lo ir sem contar o que eu sinto. – Sentia os pés batendo com força no asfalto duro. Estava de tênis, mas o solado gasto não agüentava os passos pesado contra o chão. Ela tinha que chegar a tempo, tinha que ter valido a pena. Vinte minutos. Ela acelerou o passo, se é que possível. Os pés doíam mais, e a exaustão corroia cada centímetro do seu corpo, mas ela não ia ceder. Não ia ceder, em hipótese alguma. Já ia partir, precisava chegar a tempo, nem que chegasse suada, chegaria a tempo. Dezenove minutos. O coração dela descompassava. Não deveria ter deixado o hospital, os rins iam falhar. Mas tinha que conseguir. Chegava mais perto. Dezoito minutos. A bata verde do hospital farfalhava perto do cós do seu Jeans. Não tinha tido tempo pra trocá-la, e provavelmente não teria. Só tinha tempo de chegar lá e falar. Dezessete minutos . A porta. Conseguia ver a enorme porta de vidro que abria um universo que nunca havia adentrado antes de hoje. Não respirava direito, mas em

Heart Pain

- Doutor, está doendo. Eu preciso que pare de doer. - Mas os exames não apontaram nada de errado, não entendo o que está acontecendo. - Está sangrando , como não detectaram? - Não tem nenhuma hemorragia interna ou externa, minha jovem. - Tem sim, um enorme ferimento na altura do peito, no lugar do coração . - Não, não tem. - Bem aqui, onde deveria estar o coração. Eu o removi, não vê? - O seu coração continua a bater regularmente - Não, ele não continua. Eu o guardei em uma caixa, e nunca mais vou solta-lo. É simplesmente muita informação pra minha cabeça, um sobrepeso inútil . Também gostaria de saber se não pode colocar um fígado ali. - Não, claro que não! Nunca ouvi tamanho disparate. - Mas se eu tiver mais um fígado, logicamente vou poder beber mais, e com menos um coração, logicamente eu vou sofrer menos. É uma perfeita equação. - Não, não é. Meu deus, o mundo está perdido, esses jovens de hoje em dia. Por favor, retire-se. Eu tenho clientes de verdade pra atender, caso sinta algo