“Som de tapa seguido de um longo e sofrido suspiro. Cortinas abrem, Brenda caída no chão.”
BRENDA: Do meu pranto, veio a lágrima. Da lágrima, verteu o sofrer. Qual diferente sina me aguarda? Hei de contar-lhes minha história, hei de vencer o porvir. O futuro, tão incerto, mas quem sabe menos sofrido que o presente viver.
“Brenda sai, entra Artur”
ARTUR: Que fúnebre entardecer. O objeto que me desperta fúria é o mesmo que me desperta o amor. Que hei de fazer? Pobre de mim, que amo, mas não sei fazê-lo.
“Anda até a cama, onde encontra uma camisola antiga de Brenda. Pega a camisola e a abraça”
ARTUR: Minha amada! Que saudades guardo de ti, no meu pequeno coração. Pobre de mim, pobre de ti.
“Sai Artur, deixando a camisola em cima da penteadeira. Entra Helô”
HELÔ: Sempre há o que se arrumar! Só discutem, sempre há um pormenor! Vinte anos vivendo sob os mesmos fantasmas. Tenha piedade, Deus.
“Helô dobra a camisola e deposita em cima do travesseiro. Sai Helô. Entram Tomás e Bia”
TOMÁS: Vossa pele é tão formosa, tanto quanto teu sorriso. Por que não podes ser minha?
BIA: Teu amor é tão puro, amor, mas veja bem, arranjei alguém chamado saudade.
“Toca Veja Bem Meu Bem, Los Hermanos. Bia e Tomás dançam. Sai Bia, entra Dani”
DANI: Meu bem, que saudades. Senti tanto a tua falta nas noites gélidas de inverno, por mais que seja amor prometido, não é amor forçado, é amor conquistado!
TOMÁS: Minha linda! Como posso expressar em palavras um sentimento tão abstrato? Como posso comparar-te apenas a amor, quando que sinto vai muito além?
“Entra Bia abruptamente, estupefata.”
BIA: Como se atreve? Chegar aqui e tomar meu homem para si? Quem imaginas ser?
“Dani levanta e fica em pé na frente de Bia.”
DANI: Quem pensas que é? De onde tirastes tal idéia?
“Bia e Dani olham simultaneamente para Tomás, que assiste a tudo em pé.”
BIA: Este homem prometeu-me amor! E tu tirou-o de mim. Por mais que eu saiba que não posso tê-lo, e por mais que sejas rica, lutarei. E lutarei até o fim.
“Dança por Tomás ao som de Hysteria, Muse. Termina com a saída de ambas, sem uma vencedora definitiva. Tomás sai e volta Bia.”
BIA: Teu fim vai chegar, mais cedo do que podes imaginar. No coração dele não deve haver lugar para mais de uma. Na noite de hoje, terá uma surpresa.
“Entram Amanda e Bianca, conversando”
BIANCA: Parece a mim que escutei Tomás e duas outras mulheres por aqui.
“Bianca senta na penteadeira e começa a escovar o cabelo. Amanda senta na cama, inquieta.”
AMANDA: Devo confessar que não ficaria surpresa se encontrasse aquela Bia por aqui.
“Puxa uma caixa debaixo da cama.”
BIANCA: Não vejo nada de errado com ela, não sei com que tanto insiste em implicar. É daquela Dani que não gosto. Que escolha absurda para noivar Tomás. A ele também não agrada.
“Bianca prende o cabelo em um coque apertado, e vira para Amanda.”
AMANDA: Dê uma olhada nessas cartas... Parecem cartas de amor. São tuas?
“Bianca toma uma das cartas, e lê para si”
BIANCA: Não, claro que não. Esta caligrafia é de nossa mãe. Mas esta não parece ser de nosso pai.
“Amanda examina a caligrafia fina da outra carta.”
AMANDA: Esta caligrafia não me é estranha. Só não consigo lembrar-me onde a vi... JÁ SEI! É a caligrafia de Guido, o dono do banco! Amigo de papai, trocaram cartas durante anos. Mas achei que ele estivesse fora... Sua mulher sempre está só, e papai reclama constantemente que ele não anda fazendo nossa contabilidade...
“Bianca levanta, impaciente.”
BIANCA: Óbvio. Ele é o motivo da cantoria da minha mãe. Aposto que ele está fora da cidade, assim podem se encontrar livremente!
“Ouvem da cozinha gritos”
BRENDA: AMANDA! BIANCA! AONDE ESTÃO?
“Amanda guarda de maneira desajeitada a caixa embaixo da cama, e uma ponta fica de fora, quase imperceptivelmente e Bianca e Amanda deixam o quarto. Entra Helô.”
HELÔ: Enganados em pensar que tudo vai se resolver. Sempre hão que limpar e o que ajeitar, principalmente quando se trata dos nossos próprios fantasmas.
“Helô varre o chão e sai do quarto. Entra Artur.”
BRENDA: Do meu pranto, veio a lágrima. Da lágrima, verteu o sofrer. Qual diferente sina me aguarda? Hei de contar-lhes minha história, hei de vencer o porvir. O futuro, tão incerto, mas quem sabe menos sofrido que o presente viver.
“Brenda sai, entra Artur”
ARTUR: Que fúnebre entardecer. O objeto que me desperta fúria é o mesmo que me desperta o amor. Que hei de fazer? Pobre de mim, que amo, mas não sei fazê-lo.
“Anda até a cama, onde encontra uma camisola antiga de Brenda. Pega a camisola e a abraça”
ARTUR: Minha amada! Que saudades guardo de ti, no meu pequeno coração. Pobre de mim, pobre de ti.
“Sai Artur, deixando a camisola em cima da penteadeira. Entra Helô”
HELÔ: Sempre há o que se arrumar! Só discutem, sempre há um pormenor! Vinte anos vivendo sob os mesmos fantasmas. Tenha piedade, Deus.
“Helô dobra a camisola e deposita em cima do travesseiro. Sai Helô. Entram Tomás e Bia”
TOMÁS: Vossa pele é tão formosa, tanto quanto teu sorriso. Por que não podes ser minha?
BIA: Teu amor é tão puro, amor, mas veja bem, arranjei alguém chamado saudade.
“Toca Veja Bem Meu Bem, Los Hermanos. Bia e Tomás dançam. Sai Bia, entra Dani”
DANI: Meu bem, que saudades. Senti tanto a tua falta nas noites gélidas de inverno, por mais que seja amor prometido, não é amor forçado, é amor conquistado!
TOMÁS: Minha linda! Como posso expressar em palavras um sentimento tão abstrato? Como posso comparar-te apenas a amor, quando que sinto vai muito além?
“Entra Bia abruptamente, estupefata.”
BIA: Como se atreve? Chegar aqui e tomar meu homem para si? Quem imaginas ser?
“Dani levanta e fica em pé na frente de Bia.”
DANI: Quem pensas que é? De onde tirastes tal idéia?
“Bia e Dani olham simultaneamente para Tomás, que assiste a tudo em pé.”
BIA: Este homem prometeu-me amor! E tu tirou-o de mim. Por mais que eu saiba que não posso tê-lo, e por mais que sejas rica, lutarei. E lutarei até o fim.
“Dança por Tomás ao som de Hysteria, Muse. Termina com a saída de ambas, sem uma vencedora definitiva. Tomás sai e volta Bia.”
BIA: Teu fim vai chegar, mais cedo do que podes imaginar. No coração dele não deve haver lugar para mais de uma. Na noite de hoje, terá uma surpresa.
“Entram Amanda e Bianca, conversando”
BIANCA: Parece a mim que escutei Tomás e duas outras mulheres por aqui.
“Bianca senta na penteadeira e começa a escovar o cabelo. Amanda senta na cama, inquieta.”
AMANDA: Devo confessar que não ficaria surpresa se encontrasse aquela Bia por aqui.
“Puxa uma caixa debaixo da cama.”
BIANCA: Não vejo nada de errado com ela, não sei com que tanto insiste em implicar. É daquela Dani que não gosto. Que escolha absurda para noivar Tomás. A ele também não agrada.
“Bianca prende o cabelo em um coque apertado, e vira para Amanda.”
AMANDA: Dê uma olhada nessas cartas... Parecem cartas de amor. São tuas?
“Bianca toma uma das cartas, e lê para si”
BIANCA: Não, claro que não. Esta caligrafia é de nossa mãe. Mas esta não parece ser de nosso pai.
“Amanda examina a caligrafia fina da outra carta.”
AMANDA: Esta caligrafia não me é estranha. Só não consigo lembrar-me onde a vi... JÁ SEI! É a caligrafia de Guido, o dono do banco! Amigo de papai, trocaram cartas durante anos. Mas achei que ele estivesse fora... Sua mulher sempre está só, e papai reclama constantemente que ele não anda fazendo nossa contabilidade...
“Bianca levanta, impaciente.”
BIANCA: Óbvio. Ele é o motivo da cantoria da minha mãe. Aposto que ele está fora da cidade, assim podem se encontrar livremente!
“Ouvem da cozinha gritos”
BRENDA: AMANDA! BIANCA! AONDE ESTÃO?
“Amanda guarda de maneira desajeitada a caixa embaixo da cama, e uma ponta fica de fora, quase imperceptivelmente e Bianca e Amanda deixam o quarto. Entra Helô.”
HELÔ: Enganados em pensar que tudo vai se resolver. Sempre hão que limpar e o que ajeitar, principalmente quando se trata dos nossos próprios fantasmas.
“Helô varre o chão e sai do quarto. Entra Artur.”
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