Pular para o conteúdo principal

Pelados Em Pipa

Abrindo de uma forma sensacional: Vodka. Vodka. Orgasmo. Caipirinha. TGVA. Capeta. Texas Tier. Tequila. Um, dois, três. Beijos. Muitos beijos. Dançando. Vários jovens, corpos entremeados, dançando. Recapitulando: todos vestidos. Cada uma arranjada da forma que podia, e com quem podia. Opa, um selinho. Dois. Três. Tequila. Acho que já estamos todos bêbados. Você me segura se eu cair? Vamos voltar pra casa, tô tonta. E o strip poker? Não vai dar? Poxa, que vacilo. Você tá bem? Não acredito que você pegou esse boe! Cochilo. Praia? Claro, vamos. Banho demorado. Preciso dormir. Bom dia, gente. Agora o strip poker?
"Tira esse celular do meu rabo!"
"Eu não"
"Hm, sua vez de tirar a blusa"
"Se eu vou ter que tirar, então vou beber."
Depois de aberta a garrafa de vodka, todo mundo se viu em posição semelhante. Todos pelados. Pelados em Pipa. Melhor que pelados em santos. Ressaca, pouca roupa e intimidade. Intimidade era isso. Pegar nos peitos da amiga sem pudor, só por que eles "tem uma energia legal". E nomeá-los.
"Não coloquem a roupa agora! Vamos fazer alguma coisa legal."
"Boe, o que você quer fazer? Uma suruba?" E todos riram. A verdade é que explorar o corpo do outro estava bom. Não precisava de suruba. Seminus, foram de encontro àqueles vestidos. E riram. Sempre estavam rindo, seja da menina que queria ficar um dia dentro de uma bolha, seja das paródias engraçadas e curtas de músicas pop coreanas. A grande verdade é que as bebedeiras eternas, os problemas momentâneos, o dividir da intimidade os uniu. Não se importava de ficar pelada. Estava curtindo a vibe, a ressaca, a insônia. Uma dose de vodka? Duas. Três. Uma tequila. Duas tequilas. Três tequilas. Quatros tequhsudhlas. Cinco teoisdjdsh. Seis kjsdjfhsd. E com todo esse amor, a saudade bate. As meninas fofocam, se apoiam, se amam.
É, acho que não quero me afastar de vocês. Posso não me afastar?

(ficou UMA MERDA, odiei, mas depois faço outro, seus lindos)

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Ventura (Parte 1)

“Som de tapa seguido de um longo e sofrido suspiro. Cortinas abrem, Brenda caída no chão.” BRENDA: Do meu pranto, veio a lágrima. Da lágrima, verteu o sofrer. Qual diferente sina me aguarda? Hei de contar-lhes minha história, hei de vencer o porvir. O futuro, tão incerto, mas quem sabe menos sofrido que o presente viver. “Brenda sai, entra Artur” ARTUR: Que fúnebre entardecer. O objeto que me desperta fúria é o mesmo que me desperta o amor. Que hei de fazer? Pobre de mim, que amo, mas não sei fazê-lo. “Anda até a cama, onde encontra uma camisola antiga de Brenda. Pega a camisola e a abraça” ARTUR: Minha amada! Que saudades guardo de ti, no meu pequeno coração. Pobre de mim, pobre de ti. “Sai Artur, deixando a camisola em cima da penteadeira. Entra Helô” HELÔ: Sempre há o que se arrumar! Só discutem, sempre há um pormenor! Vinte anos vivendo sob os mesmos fantasmas. Tenha piedade, Deus. “Helô dobra a camisola e deposita em cima do travesseiro. Sai Helô. Entram Tomás e Bia” TOMÁS: Vossa...

Ser gay ou não ser?

“So you say, It’s not okay to be gay?” Me diz uma coisa: por que não seria ok ser gay? Me diz o problema. Por que diabos seria errado? Desde quando amor é errado? Uma relação gay é uma relação de amor também. Eu estou realmente querendo saber. E não me venha com aquela bobagem moralista de que é pecado, nem de que “Eu não sou contra, mais eu não apoio.” Pra você não apoiar uma coisa, você certamente deve ter motivos, correto? Como você pode não ser contra mais não apoiar? Que sentido isso tem? Se você não tem nada contra, logicamente você deveria apoiar. Mas tudo o que eu ouço na aula de formação ético social são essas babaquices . É isso que elas são. Tremendas babaquices de uma sociedade mentalmente enrustida, falei. É errado por que a igreja diz? Bem, sinceramente, a igreja já esteve errada antes, vão folhear um livro da idade média, pelo amor de deus! Amor é amor de qualquer forma, de qualquer sexo, de qualquer porra de coisa. Jesus Cristo não pregava amor? Bem, isso é amor. Eu so...

Mar Revolto

por que eu, intranquila feito mar revolto, me doo e me dói e não quero mais por que afeto dói e tudo machuca parece que vou explodir em serpentinas preto e brancas espelhando de forma espalhafatosa, espalhando pelos cantos o interior confuso e cinza de uma difusa eu. talvez não tão cinza, visto que sou cheia de cores vistosas mas tão confusas que se tornaram uma meleca marrom estressante de mim. por que as cores vistosas ficam sempre fora de foco e por que apesar de todo mundo me dizer o quanto elas são bonitas, eu ainda valho pouco, quase nada, existo aos pedaços e tudo, mas tudo mesmo, machuca, forma ferida talvez indelével, dentro de mim? seria eu uma bola de sentimentos ruins, um cinza agonizante, que ninguém tem coragem de descrever assim? seria eu mais que um bicho com uma marca que sangra incessantemente, coberta de farrapos manchados de amor, mergulhados em confusão e rasgos que vazam e denunciam o que sou: dor e mais dor? seria eu o bicho homem, me refestelando em destroço...