- Olá - Se olharam longamente, e ela sorriu.
- Ana. -
- Gustavo. - Passaram o resto da noite se conhecendo, e se conheceram mais profundamente. Beijaram-se. E mais. Rápido. Um pouco altos da bebida, porém, conscientes. Ela queria tão mais, ele não queria. Ou queria? Tentou sondá-lo nos dias que se passaram, mas nada. Era tão indiferente quanto o vento que passava e não ficava. Era esse o problema, no fim das contas: passava e não ficava. Por que não ficava? O problema era ela? Suas inseguranças inchavam, enquanto as dele ficavam intactas. Era esse meio de viver? Sempre insegura, sempre pensando no que ele poderia estar fazendo, no que vocês poderiam estar planejando? Não. Era essa a hora de mover-se em frente. E, apesar de saber que era hora de seguir em frente, doía e sangrava. Recente e não tão profundo assim, mas doía. Ela estava cansada. Por que ele não deixava de ser um babaca e assumia que ela era incrível?
~
A distância estava matando. Era ruim não poder sentir a pele dele contra a dela. Compartilhavam longas ligações no skype, fotos no facebook, no dropbox, trocavam ideias no chat, mandavam mensagem no whatsapp. Todos os meios de comunicação viáveis (telefone não era um deles) eram explorados diariamente de forma contínua. O coração sempre apertava, sempre tava na mão, mas eles iam levando, contando os dias pra pra o tormento da distância voluntária e involuntária acabar. Um ano é tanto tempo. As pessoas mudam tanto em um ano. A rotina, a vida, os quereres. Torcendo por si e pelo outro, caminhavam. Ela, as ruas de outro país, ele rumo à vida adulta.
~
Eram namorados. Se amavam, muito. Mas eram de um namoro diferente. Permeado por nudez alheia, por beijos triplos, selinhos autorizados, bundas e peitos de outras. Não havia isso de ciúme. Pra quê? Era dela, e ela sabia, não dava a mínima pra isso. Ele sabia que era ela e ela sabia que era ele, e eram felizes. Sempre felizes e aproveitando o que tinha de melhor. Sexo, ócio, bebida, e comida. Tava bom demais do jeito que estava, e não só eles concordavam, os casais todos invejavam.
~
Havia amor. Muito amor. Mas não havia tempo, não havia espaço. Sempre em segundo plano, mas não queria mais estar. Brigas, rompimentos, finais. Tristes finais. Mas finais que culminaram em um recomeço. Será que as coisas iam continuar bem? Tinham que continuar bem. Em tanto tempo, se transformaram em pilar um do outro. E eram bons nisso. Se faziam bem. Precisavam se fazer bem. Se resolveram. Apesar de tudo, se amavam. Era isso que importava. Não era?
~
A tarde linda que não quer se pôr. Se pôs. Ficaram. Tudo um bom negócio. Se jogou. Odiava se jogar, mas arriscou. E se machucou tanto. Ele beijava bem. Se beijaram até amanhecer. Não queria. Se sentiu... Horrorosa. Como se fosse desmaiar. Socos. Beijos. Fim?
~
(São histórias verídicas, cada uma sobre uma pessoa que eu conheço. Se achem aí, lindos)
- Ana. -
- Gustavo. - Passaram o resto da noite se conhecendo, e se conheceram mais profundamente. Beijaram-se. E mais. Rápido. Um pouco altos da bebida, porém, conscientes. Ela queria tão mais, ele não queria. Ou queria? Tentou sondá-lo nos dias que se passaram, mas nada. Era tão indiferente quanto o vento que passava e não ficava. Era esse o problema, no fim das contas: passava e não ficava. Por que não ficava? O problema era ela? Suas inseguranças inchavam, enquanto as dele ficavam intactas. Era esse meio de viver? Sempre insegura, sempre pensando no que ele poderia estar fazendo, no que vocês poderiam estar planejando? Não. Era essa a hora de mover-se em frente. E, apesar de saber que era hora de seguir em frente, doía e sangrava. Recente e não tão profundo assim, mas doía. Ela estava cansada. Por que ele não deixava de ser um babaca e assumia que ela era incrível?
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A distância estava matando. Era ruim não poder sentir a pele dele contra a dela. Compartilhavam longas ligações no skype, fotos no facebook, no dropbox, trocavam ideias no chat, mandavam mensagem no whatsapp. Todos os meios de comunicação viáveis (telefone não era um deles) eram explorados diariamente de forma contínua. O coração sempre apertava, sempre tava na mão, mas eles iam levando, contando os dias pra pra o tormento da distância voluntária e involuntária acabar. Um ano é tanto tempo. As pessoas mudam tanto em um ano. A rotina, a vida, os quereres. Torcendo por si e pelo outro, caminhavam. Ela, as ruas de outro país, ele rumo à vida adulta.
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Eram namorados. Se amavam, muito. Mas eram de um namoro diferente. Permeado por nudez alheia, por beijos triplos, selinhos autorizados, bundas e peitos de outras. Não havia isso de ciúme. Pra quê? Era dela, e ela sabia, não dava a mínima pra isso. Ele sabia que era ela e ela sabia que era ele, e eram felizes. Sempre felizes e aproveitando o que tinha de melhor. Sexo, ócio, bebida, e comida. Tava bom demais do jeito que estava, e não só eles concordavam, os casais todos invejavam.
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Havia amor. Muito amor. Mas não havia tempo, não havia espaço. Sempre em segundo plano, mas não queria mais estar. Brigas, rompimentos, finais. Tristes finais. Mas finais que culminaram em um recomeço. Será que as coisas iam continuar bem? Tinham que continuar bem. Em tanto tempo, se transformaram em pilar um do outro. E eram bons nisso. Se faziam bem. Precisavam se fazer bem. Se resolveram. Apesar de tudo, se amavam. Era isso que importava. Não era?
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A tarde linda que não quer se pôr. Se pôs. Ficaram. Tudo um bom negócio. Se jogou. Odiava se jogar, mas arriscou. E se machucou tanto. Ele beijava bem. Se beijaram até amanhecer. Não queria. Se sentiu... Horrorosa. Como se fosse desmaiar. Socos. Beijos. Fim?
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(São histórias verídicas, cada uma sobre uma pessoa que eu conheço. Se achem aí, lindos)
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