Estava atrasada para o trabalho, de novo. Vestiu-se com pressa. Correu contra o tempo ao comer uma torrada com manteiga e queijo. Entrou no carro só para perceber que deixou a pasta dentro da casa já trancada. Correu e pegou a pasta. Chegou ao trabalho suada, meio descabelada, e de maquiagem borrada. Trabalhou incansavelmente para reparar o atraso, até abriu mão da hora de almoço. Pelas três da tarde, o trabalho estava totalmente pronto, e podia ir para onde bem entendesse. Assim fez. Saiu de carro para um bar qualquer, desconhecido. Entrou e pediu uma dose de vodka. Bebericando lentamente a bebida amarga, avistou do outro lado do bar um cara sentado sozinho, bebendo. Andou confiante até ele e sentou-se silenciosamente ao seu lado. “Olá.” Ela encarou o copo e depois perscrutou cuidadosamente as feições estupefatas dele. “Oi.” Ele se limitou a dizer, não diminuindo o ar de surpresa. “Está aqui sozinho?” Ele balançou a cabeça positivamente, e como não acrescentou nada, ela resolveu conti