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Mostrando postagens de outubro, 2012

Love Will Tear Us Apart Again

Nos últimos dois meses eu pude experimentar o que é uma amizade. Várias amizades. Eu estava extremamente carente por que muitos amigos tinham ido pra o intercâmbio, tava me sentindo meio sozinha, abandonada. E de repente, um dos meus blogueiros favoritos chegou com essa ideia de Blog. E poxa, que ideia genial. Juntar um monte de meninas pra desabafar, conversar, se amar, e contar suas histórias, suas jornadas. E uma das regras era estilo Clube da Luta, sabe? Nada pode sair dali. Mas saiu. E quando saiu, o grupo foi deletado nas pressas. Depois desse, surgiu outro, com beeeeeeem menos meninas, por que a gente gostou do clima intimista e amoroso do outro grupo. Ficamos confortáveis umas com as outras. Compartilhamos segredos, besteiras, fotos, nossas vidas, nossas partes do corpo, nosso amor, coração e vivências. Tava bom demais pra ser verdade. Veio mais um problema, um vazamento de informação. Poxa, um vazamento de informação de pessoas que em tão pouco tempo já estavam no meu dia-a-di

Na Madrugada Sem Fim

- Vá lá. - - Mas ele não me quer. - - Mas vá! - Estava cansada de não fazer exatamente o que queria. Dane-se. Foi lá, decidida, pela oitava vez na noite. Mas a vodka já tinha-lhe subido à cabeça, então fez. Tascou o beijo. Não sabia que horas eram. Sabia que parecia que as coisas do lado de fora estavam entorpecidas. Que estava bom onde estava. Apesar dos inúmeros dedos enfiados no meio, vodkas jogadas na cara, e interrupções de bêbado, foi interessante. O beijo continuou, sem pausas pra conversa. E prosseguiram. - Você me segura se eu cair? - - Seguro. - Andaram pelas tortuosas ruas de paralelepípedo. Tropeçando, mas não caindo de verdade. Isso podia ser entendido como uma metáfora pra sua vida. Tropeçando, mas nunca caindo. Aos tropeços, seguiam. Seguia. Tequila. Dedos entrelaçados. Sentiu falta desse entrelaçar de dedos. Não propriamente dele, mas desse gesto. Gostoso gesto. O grupo de amigos foi expulso de onde estavam por causar desordem. E rindo, foram embora. Que estraga pr

Too Many Fish In The Sea

Tive muitos amores. Alguns significativos, outros não. Me deu uma vontade enorme de contar um pouco da história deles pra mim e pra vocês. - - Olá. - - Olá. - - Como se chama? - - Martin. - - Bianca, prazer. - Martin era um cara legal (Martin não é seu nome verdadeiro. E não vou revelar nome de ninguém.). Martin era BV. Acho que ele acabou sendo meu primeiro amor. Daqueles que a gente nunca esquece. Na época, eu era uma pirralhinha apaixonada, que achava que o gosto musical dele bater com o meu era motivo pra nos casarmos. Martin se apaixonou por mim, mas era uma paixão muito confusa. Fui lá, no calor de um momento inexistente, saindo do shopping, correndo atrás dele, que já tinha saído de volta pra escola, e confessei TODOS os meus sentimentos. Foi tão libertador. E aterrador. Em um momento, eu estava no controle da situação, e em outro momento não estava. Só que ele correspondeu, e trocamos o primeiro beijo da vida dele. Dois anos mais velho. Tivemos um romance permeado por

Pelados Em Pipa

Abrindo de uma forma sensacional: Vodka. Vodka. Orgasmo. Caipirinha. TGVA. Capeta. Texas Tier. Tequila. Um, dois, três. Beijos. Muitos beijos. Dançando. Vários jovens, corpos entremeados, dançando. Recapitulando: todos vestidos. Cada uma arranjada da forma que podia, e com quem podia. Opa, um selinho. Dois. Três. Tequila. Acho que já estamos todos bêbados. Você me segura se eu cair? Vamos voltar pra casa, tô tonta. E o strip poker? Não vai dar? Poxa, que vacilo. Você tá bem? Não acredito que você pegou esse boe! Cochilo. Praia? Claro, vamos. Banho demorado. Preciso dormir. Bom dia, gente. Agora o strip poker? "Tira esse celular do meu rabo!" "Eu não" "Hm, sua vez de tirar a blusa" "Se eu vou ter que tirar, então vou beber." Depois de aberta a garrafa de vodka, todo mundo se viu em posição semelhante. Todos pelados. Pelados em Pipa. Melhor que pelados em santos. Ressaca, pouca roupa e intimidade. Intimidade era isso. Pegar nos peitos da amiga

Amores Imperfeitos São As Flores Da Estação

- Olá - Se olharam longamente, e ela sorriu. - Ana. - - Gustavo. - Passaram o resto da noite se conhecendo, e se conheceram mais profundamente. Beijaram-se. E mais. Rápido. Um pouco altos da bebida, porém, conscientes. Ela queria tão mais, ele não queria. Ou queria? Tentou sondá-lo nos dias que se passaram, mas nada. Era tão indiferente quanto o vento que passava e não ficava. Era esse o problema, no fim das contas: passava e não ficava. Por que não ficava? O problema era ela? Suas inseguranças inchavam, enquanto as dele ficavam intactas. Era esse meio de viver? Sempre insegura, sempre pensando no que ele poderia estar fazendo, no que vocês poderiam estar planejando? Não. Era essa a hora de mover-se em frente. E, apesar de saber que era hora de seguir em frente, doía e sangrava. Recente e não tão profundo assim, mas doía. Ela estava cansada. Por que ele não deixava de ser um babaca e assumia que ela era incrível? ~ A distância estava matando. Era ruim não poder sentir a pele dele

Let's Keep This Two Hearts Beating Faster, Faster

Deitaram-se no banco de trás do carro. Puxou a blusa. Mão. Mãos. Tirou a blusa. Beijos. Braços. Tirou a outra blusa. Zíper. Mão. Mãos. Rápido, rápido. ~ - Bom dia. - Olhou ao redor de si. Roupas. Deitada na cama. Como chegara ali? - Bom dia. - Levantou-se depois da saudação desajeitada, e planejava ir embora o mais cedo possível. O que foi que fizera? - Hm. Quer tomar café? - Ele olhara pra ela como se disesse pra ficar. - Não. - Catou as roupas do chão, e as estava vestindo apressadamente. - Certeza? Tem panquecas. - - Certeza. Vou indo. Tchau. - Saiu ainda vestindo o salto da noite anterior. Por que tudo parecia um borrão? ~ - Eu acordei e nem sabia onde eu tava. - Falou, de boca cheia, pra a amiga que chamara pra o café mais próximo da sua casa. - Que vadia, você. - As duas riram. Ambas sabiam que não era verdade. Ou que, no fundo, era um pouco, e por isso era engraçado. - Ele era bonitinho, mas não sei nem o nome dele, por Deus. - Enfiou outra garfada do waffle na bo

Brincadeira De Criança, Como É Bom

Antes que vocÊs pensem que vai ser o texto mais clichê do mundo sobre o dia das crianças, e ser criança, eu tenho que esclarecer uma coisa: provavelmente vai ser, mesmo. Então, se você tá afim de mergulhar na nostalgia antecipada de voltar à infância, bem vindo. Vou começar falando do que me motivou a escrever o texto. Recentemente, conheci um grupo de algumas das pessoas mais incríveis que poderiam aparecer na minha vida, e essa noite, resolveram que o programa de quem ia ficar em casa seria uma sessão nostalgia. E que sessão, viu? Eu escutei a abertura de todas as novelas mexicanas que eu ia assistir na casa de Mariana depois/antes da natação (isso inclui Maria do Bairro, A Ursupadora, Chiquititas, Carrossel, O Diário de Daniela, Floribella, enfim, todas essas), todas as boys band vergonhosas (KLB, Broz), as cantoras esquecidas pela mídia mas que pra mim eram um arraso (Marjorie Estiano, Luka, Kelly Key), as girl band (Rouge), as coisas mais antigas (Angélica, Xuxa, Sandy e Júnior)