(Não, eu NÃO escrevi pensando em Crepúsculo nem em nenhuma dessas mopinhas aí u_u)
“Ah! Verse-moi l'ivresse, Verse-moi, verse-moi l'ivresse, Réponds à ma tendresse, Réponds à ma tendresse, Ah! Verse-moi l'ivresse, I belong, I belong to you”
Gotas espalhadas. Um relógio atrasado. Uma noite que jamais acabou. Devaneava sobre o ocorrido. Parava em uma cena, arrastava-a por todo lado. Não sabia se a odiava ou amava. Aquela maldita cena. Era de um ardente amor. Mas de um constante desprezo. O tiquetaquear do relógio o ensandecia. Mente sã, corpo são, correto? Não quando se estava deitado de bruços em um motel barato qualquer, sangrando. Não externamente. Internamente. Seu coração sangrava. Não um real sangramento. Não. A dor atravessava barreiras. Vinha do interior de si. Sentia-se um vagabundo qualquer perante aquela rainha. Sentia-se algo pequeno. Declarava-se em silêncio. Permaneceria em silêncio. Ferir a paz de espírito era proibido. Mas de dentro, vinha um som inevitável. Batendo lá dentro. Gritando, berrando. Eu pertenço a você. Milhões de cacos voaram. De dentro pra dentro. De fora pra fora. Viajaria todo o mundo para poder dizer que pertence a você. Pagaria tudo. Se transformaria em tudo que fosse possível, e iria além. Eu pertenço a ti. Não existem palavras. Não as encontro. Não há como dizer. Eu pertenço a você. Responde ao meu afeto. Responde a minha ternura. Responde a mim. Eu pertenço a você.
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