"There's nothing you can't do that can't be done (...) All you need is love"
Um abraço. Um beijo. Nada que dois amantes achassem incomum. Nada que um romance proibido não provasse no sempre, na rotina. Na falta de rotina que um amor proporciona. Um romance perdido, dois corações partidos. Na falta de um par, vai-se um, solitário, a andar pela alameda, aos pedaços, com seus farrapos. Aos tropeços, vê-se um semblante à vagar assim como si, aos farrapos, despedaçado. Mas este é diferente. Está aos farrapos, mas as lágrimas não escorrem mais. Os pedaços se juntam, e ficam, aos poucos, inteiriços de novo. Algumas profundas cicatrizes aparecem, e o primeiro coração se espanta. Embebe-se no espanto, e uma pontada de dor envolve-o mais fortemente. Alcool. O pobre coração está cansando de andar por aí sem um destino certo. Drogas. O pequeno coração tenta se regenerar, mas não é bem sucedido, a dor que o embebe supera os sentimentos externos, é extremada. Nada se condiz, está fechado, acabado. Com suas suspeitas, deita-se no sujo chão empedrado da selva de pedra. E aos poucos, o limo toma conta do frágil coração, o qual endurece e fica amargo com cada segundo que passa. Amargura. Dor. Farrapos. Nada o consola, nada o ocorre. Tudo que lhe resta é ter um digno enterro, ao lado dos singelos outros corações, os quais tão partidos quanto ele, descansam em um sono breve e conturbado, ao cálido som noturno.
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