as vezes eu sinto como se fosse explodir em um milhão de pedacinhos. como se meu intestino fosse se romper, meu coração não fosse aguentar, minhas vértebras fossem se desintegrar, assim, do nada, puf e pó.
eu sinto como se todo meu esforço fosse em vão, como se não houvessem forças pra continuar, e que a promessa de um novo dia amanhã não fosse em nada promissora.
sinto como se houvesse um peso no meu estômago que vai descendo até minha virilha, e se aloja lá, naquele espaço nada que existe em mim.
me pergunto se não posso usar uma vara de pescar comprida, que faça com que eu volte a me sentir bem e inteira de novo. me pergunto o que é me sentir bem e inteira. me pergunto se já me senti de tal forma, ou se vivi toda a extensão dos meus anos de vida com essa sensação ominosa de que algo terrível vai acontecer no momento que eu piscar os olhos, que tudo vai se acabar e se explodir.
devo confessar que algumas vezes tudo que queria era que tudo cessasse para que todos pudéssemos cessar.
e o que é cessar?
eu não sei.
eu não sei eu não sei eu não sei eu não sei
mas queria cessar essa sensação, queria enterrar esse sentimento, queria sentir só as coisas boas, tal qual o vento no meu rosto quando estou num carro numa via expressa, uma lambida num picolé no verão escaldante, um focinho gelado de gato encostando no meu nariz, um abraço apertado e cheio de amor.
se existem todas essas coisas boas, por que as vezes só quero que elas cessem também? por que quero desesperadamente que tudo cesse, que eu pare, que o mundo pare que as coisas deixem de acontecer, que eu deixe de acontecer, tudo para que eu pare de sentir essa sensação horrorosa de que vou explodir, que não posso controlar (e como bem sei, tudo que não posso controlar me enche de dúvida e as vezes de desespero), que não posso parar por que se parar eu caio e se eu cair o que acontece?
e eu tenho tanto medo, tanta vontade, não sei o que faria se do nada tudo parasse no tempo que nem em filme e eu pudesse viver o que sempre quis.
eu sinto como se todo meu esforço fosse em vão, como se não houvessem forças pra continuar, e que a promessa de um novo dia amanhã não fosse em nada promissora.
sinto como se houvesse um peso no meu estômago que vai descendo até minha virilha, e se aloja lá, naquele espaço nada que existe em mim.
me pergunto se não posso usar uma vara de pescar comprida, que faça com que eu volte a me sentir bem e inteira de novo. me pergunto o que é me sentir bem e inteira. me pergunto se já me senti de tal forma, ou se vivi toda a extensão dos meus anos de vida com essa sensação ominosa de que algo terrível vai acontecer no momento que eu piscar os olhos, que tudo vai se acabar e se explodir.
devo confessar que algumas vezes tudo que queria era que tudo cessasse para que todos pudéssemos cessar.
e o que é cessar?
eu não sei.
eu não sei eu não sei eu não sei eu não sei
mas queria cessar essa sensação, queria enterrar esse sentimento, queria sentir só as coisas boas, tal qual o vento no meu rosto quando estou num carro numa via expressa, uma lambida num picolé no verão escaldante, um focinho gelado de gato encostando no meu nariz, um abraço apertado e cheio de amor.
se existem todas essas coisas boas, por que as vezes só quero que elas cessem também? por que quero desesperadamente que tudo cesse, que eu pare, que o mundo pare que as coisas deixem de acontecer, que eu deixe de acontecer, tudo para que eu pare de sentir essa sensação horrorosa de que vou explodir, que não posso controlar (e como bem sei, tudo que não posso controlar me enche de dúvida e as vezes de desespero), que não posso parar por que se parar eu caio e se eu cair o que acontece?
e eu tenho tanto medo, tanta vontade, não sei o que faria se do nada tudo parasse no tempo que nem em filme e eu pudesse viver o que sempre quis.
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