No carro, já iam se preparando para mais tarde. Conversavam, todos, e cantavam Katy Perry. Ao escurecer, já tinham chegado. Bem a tempo do próximo shot. Noite finda, com as estrelas como teto, e a lua como luminária. Todos riam em volta da churrasqueira, comendo e bebendo. Bebendo uma. Duas. Sete. Dez. Peraí, quantas foram mesmo? Um brinde. Ao tempo de pipa, ao reencontro!
No quarto, sentados, riam.
- Acho que deveríamos jogar alguma coisa!
- E eu acho que não temos condições mentais de jogar nada.
- Que tal poker?
- Que tal porco?
- Devíamos deixar tudo mais interessante...
- Como?
- Quem perder bebe e tira uma peça de roupa.
Assim, sem mais nem menos, começaram. O alter ego bêbado entrou no quarto, e semi desmaiou na cama atulhada de roupas, atrás da interlocutora lírica que vos fala.
Após tal entrada triunfal, começaram a despir os preconceitos, um a um. Despiram o ódio, a raiva, o pudor, e as roupas. Muniram-se de amor, confiança e reencontro. Foram perdendo as peças de roupa vagarosamente, e a garrafa foi esvaziando com uma velocidade impressionante.
- CARALHO, ME DEIXA ENTRAR NO QUARTO!!!!
- Não!
- Por que???
- Por que todos estão pelados.
- E NEM PRA CHAMAR?????
Apesar da insistência, ninguém entrou e ninguém saiu. Beberam e riram como se estivessem em 2012 e todos ainda estivessem se descobrindo adolescentes.
Pós jogo, beijos, loucos, cansaço. Fuga, inesperada pra ambos. Casual, até por que ninguém precisava de um namoro. Prazer bastava. Como um rato entrou no quarto?
Quando amanheceu, aos poucos, se recolheram nas camas compartilhadas, nos colchões no chão, e nas almofadas jogadas no canto do quarto. Fugiam da luz como quem foge do cão, mas lhes alcançou. Nove da manhã estavam de pé, porém dividiram-se: Alguns foram a praia, outros ficaram.
Na praia, curtiram a ressaca, o sol, a areia, a companhia e a conversa.
Na casa, agora em (quase) plenas faculdades mentais, jogavam poker, porém, tristemente, todos vestidos.
Durante a tarde, alguns voltaram para a triste realidade fora da bolha de felicidade e calma que eles construíram. Para a cidade, para o mundo.
Os que ficaram, foram acompanhados por cerveja, estrelas, violão e amor.
Tudo tinha mudado tanto, mas, inesperadamente, tudo era tão parecido.
Assim que tem que ser.
No quarto, sentados, riam.
- Acho que deveríamos jogar alguma coisa!
- E eu acho que não temos condições mentais de jogar nada.
- Que tal poker?
- Que tal porco?
- Devíamos deixar tudo mais interessante...
- Como?
- Quem perder bebe e tira uma peça de roupa.
Assim, sem mais nem menos, começaram. O alter ego bêbado entrou no quarto, e semi desmaiou na cama atulhada de roupas, atrás da interlocutora lírica que vos fala.
Após tal entrada triunfal, começaram a despir os preconceitos, um a um. Despiram o ódio, a raiva, o pudor, e as roupas. Muniram-se de amor, confiança e reencontro. Foram perdendo as peças de roupa vagarosamente, e a garrafa foi esvaziando com uma velocidade impressionante.
- CARALHO, ME DEIXA ENTRAR NO QUARTO!!!!
- Não!
- Por que???
- Por que todos estão pelados.
- E NEM PRA CHAMAR?????
Apesar da insistência, ninguém entrou e ninguém saiu. Beberam e riram como se estivessem em 2012 e todos ainda estivessem se descobrindo adolescentes.
Pós jogo, beijos, loucos, cansaço. Fuga, inesperada pra ambos. Casual, até por que ninguém precisava de um namoro. Prazer bastava. Como um rato entrou no quarto?
Quando amanheceu, aos poucos, se recolheram nas camas compartilhadas, nos colchões no chão, e nas almofadas jogadas no canto do quarto. Fugiam da luz como quem foge do cão, mas lhes alcançou. Nove da manhã estavam de pé, porém dividiram-se: Alguns foram a praia, outros ficaram.
Na praia, curtiram a ressaca, o sol, a areia, a companhia e a conversa.
Na casa, agora em (quase) plenas faculdades mentais, jogavam poker, porém, tristemente, todos vestidos.
Durante a tarde, alguns voltaram para a triste realidade fora da bolha de felicidade e calma que eles construíram. Para a cidade, para o mundo.
Os que ficaram, foram acompanhados por cerveja, estrelas, violão e amor.
Tudo tinha mudado tanto, mas, inesperadamente, tudo era tão parecido.
Assim que tem que ser.
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