Alguém aí? Alguém pra ler? Alguém que não esteja dormindo, esteja interessado e entediado?
Pois bem, a quem interessar:
Alguém já se sentiu entediado com a vida? Como se ela parasse e estagnasse, visse o tempo passar, e só as mesmas coisas se repetissem, continuamente, em um círculo sem fim e sem começo de tédio e falta de propósito. Não? Nunca se sentiu assim? Então me deixa explicar: é como se você fizesse tudo igual todo dia, sem parar, sem pausa, sem intervalo. Mesmo que esses existam, compridos ou não, sempre parece que você não tem pausa, que recomeça de onde parou, e que nunca vai parar de verdade. Dormir não é recarregar as baterias, por que você está sempre na massacrante atividade de ser e respirar, respirar e expirar. Expirar a validade, o prazo, a noite, o tempo, a vida. Tudo expira, menos o labor diário (e com a sensação de prolongada inutilidade, você também não). Suspiro. Cansada sem ter com o que cansar, cansada de pensar, cansada de viver. Por que não pode ser um pouco mais fácil? Se cobrir de vergonha e com um saco de papel, pra que ninguém veja. Só você. Ninguém sabe. Ninguém deveria saber. O ciclo do tédio se expande e estende, que nem um tapete vermelho encardido que ninguém quer pisar. O enfado te consome, engole e cospe. Cospe essa massa cinzenta, menino, que ninguém te pediu pra pensar. Ninguém te pediu pra escutar, processar, intrigar, perguntar. Só trabalhar, trabalhar, trabalhar. Trabalhar pra ganhar, trabalhar pra viver. E morrer pra trabalhar. Sem pensar. Quem precisa de pensar?
Pois bem, a quem interessar:
Alguém já se sentiu entediado com a vida? Como se ela parasse e estagnasse, visse o tempo passar, e só as mesmas coisas se repetissem, continuamente, em um círculo sem fim e sem começo de tédio e falta de propósito. Não? Nunca se sentiu assim? Então me deixa explicar: é como se você fizesse tudo igual todo dia, sem parar, sem pausa, sem intervalo. Mesmo que esses existam, compridos ou não, sempre parece que você não tem pausa, que recomeça de onde parou, e que nunca vai parar de verdade. Dormir não é recarregar as baterias, por que você está sempre na massacrante atividade de ser e respirar, respirar e expirar. Expirar a validade, o prazo, a noite, o tempo, a vida. Tudo expira, menos o labor diário (e com a sensação de prolongada inutilidade, você também não). Suspiro. Cansada sem ter com o que cansar, cansada de pensar, cansada de viver. Por que não pode ser um pouco mais fácil? Se cobrir de vergonha e com um saco de papel, pra que ninguém veja. Só você. Ninguém sabe. Ninguém deveria saber. O ciclo do tédio se expande e estende, que nem um tapete vermelho encardido que ninguém quer pisar. O enfado te consome, engole e cospe. Cospe essa massa cinzenta, menino, que ninguém te pediu pra pensar. Ninguém te pediu pra escutar, processar, intrigar, perguntar. Só trabalhar, trabalhar, trabalhar. Trabalhar pra ganhar, trabalhar pra viver. E morrer pra trabalhar. Sem pensar. Quem precisa de pensar?
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