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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Desprogramar.

Girou para o lado contrário dessa vez. Bateu de encontro com a porta aberta. Gemeu de dor em uma sintonia diferente. Gritou. Caiu no chão, em pedaços. Desespero.As últimas notas da música ainda retumbavam nas paredes brancas. E ainda ressoavam insistentemente nos seus ouvidos. Tampava-os. Respiração descompassada. Tremeu. Batia a cabeça no piano, tentando arrancar mais notas ou talvez alguma significância. Foi em vão. Tudo foi em vão. Ela era em vão. Estava girando, girando, girando, girando, girando. O coração lutava pra sair do peito. Batia com uma força impressionante, machucando ela por dentro. Ultimamente tudo a machucava. As pessoas apontavam dedos acusatórios, ela apontava pra si mesma no espelho, a sua imagem fazia com que quisesse vomitar. Enquanto girava, caiu. Caiu em cima do tornozelo, quebrou. E um grito de dor lancinante percorreu todo o caminho até a sua boca, mas voltou. Voltou de teimoso. Ela não era de desistir, mas dessa vez estava cansada demais pra continuar. Deixo

Desespero.

Contava os segundos. Um, dois, três, quatro. Passavam e escorriam de seu relógio de pulso para seu pulso nu. Escorriam para o chão, sem direção e sem ter pra onde ir, de qualquer forma. Olhava com um rosto controverso para o rio lá embaixo. Algumas gotas pingavam incessantemente na água, tornando-a inquieta. Inquieta de uma forma que ele entendia, que todos entendiam. Revolta, pronta pra uma rebelião de proporções endemicas, mas no segundo seguinte, conformada com seu destino certo e previsível, e voltando ao comodismo enervante que era sua vida diária. Essa superfície límpida que era a água funcionava do mesmo modo que seu emocional. Sempre estava irrequieto por dentro, contrariado e contradito, impactante e estável, morto e vivo, por dentro e por fora, por fora e por dentro. Sempre sendo ele e nunca sendo quem ele queria ser. Pomposo, e estava enlouquecendo. Queria se livrar dessas sombras, desse passado hediondo que ele levava nas memórias e carregava dentro do peito, em um desesper

Poemas random.

Cansada Respirar Pra dentro Pra fora Quanto trabalho. Não é mais fácil Dormir E ficar por lá? Terra de ninguém Preso Preso pra sempre Em si mesmo E na sua prisão Preso. Gotas que caem no chão Gotas que molham o pão Gotas que nunca se esgotam Gotas que chovem dentro Gotas que chovem fora Gotas que nunca mais choverão Gotas que caem da face Em direção ao duro Chão. Morte. Tenra. DOCE. IMPERCEPTÍVEL FINALMENTE, Fim. Fecha e não abre, Descansa e não volta jamais. Me deixa em paz. A porta aberta, A porta fechada. Longe de mim, Me separando de ti.