“So I hope you understand, I wanna hold you bad”
Sempre achei essa história de contos de fada a maior besteira inventada pela imaginação. As pessoas se conhecem um dia de verão ensolarado, e em outro dia de verão ensolarado o vilarejo avista uma fulgurante figura branca, sorrindo. E então o principe e a princesa se casam e vivem felizes para sempre. Erro número um: Nem todos os dias de verão são ensolarados, fato. Erro núumero dois: Relacionamentos levam tempo, precisam de trabalho, de convivência, de amor. Não basta simplesmente que duas pessoas se conheçam e decidam que vão dar certo e vão se casar. Um relacionamento cozinha no fogo baixo, lentamente até estar no ponto certo. Erro número três: Na vida não existem pessoas perfeitas, o amar se baseia em achar a perfeição no imperfeito, e amar até os defeitos desse alguem, por mais que seja dificil. Alias, não deve ser dificil, o amor não foi feito pra sofrimento, foi feito para curtir e aproveitar, e se está dificil então não vale a pena. O amor não é feito de acertos, mas de erros também. Não é uma equação, não é um concurso de beleza. É algo que vem de dentro pra fora, um sentimento seu. Algo que não precisa ser acreditado, apenas aceitado e vivido intensamente. Por que quase inevitalvemente, há de se acabar. Erro número quatro: Não dá pra viver feliz pra sempre. Brigas, conflitos, desentendimentos, erros, desinteresse, mudanças. Nada é feliz pela eternidade, convenhamos que se fosse, seria chato. Por que tudo seria feito de alegrias, e iamos acabar por nos cansar de toda essa monotonia e jogar alguem do penhasco. As coisas só podem ser felizes se tivermos a tristeza para comparar com a felicidade.E o último erro: O amor não acontece por que somos bonitos, temos um diploma, cursamos um curso de culinária na França, por que somos ricos, por que somos da monarquia, por que estamos afim. O amor aconetece por acaso, com pessoas que você nem imaginava se apaixonar, seu melhor amigo, seu vizinho, seu amigo meio quieto da escola, aquele garoto que você achava patético, aquele que você nunca falou nada, mas sempre achou bonitinho, o garoto do curso de inglês, da natação, que assistiu sua apresentação, o filho da sua professora, o garoto que gosta de Queen, o garoto que você viu no shopping, o que você conheceu por causa dos seus amigos. Todos são possibilidades, são imperfeitos, infantis, patéticos, estúpidos, e antipáticos. Mas você o ama mesmo assim.E acaba por aí, até que se tenha coragem de dar o primeiro beijo.
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