Acordou de um salto como de costume. Atualmente eram raros os momentos que acordava em paz. À contragosto, levantou da cama já com o twitter aberto no celular pra ler as atrocidades cometidas mais um dia mais uma vez pelo governo genocida ao qual ela e mais milhões de pessoas eram subjugadas todos os dias. Lavou o rosto, escovou os dentes e tomou um banho gelado sem lavar os cabelos, ouvindo podcast mas sem conseguir desligar totalmente a cabeça das inseguranças e das ansiedades, que gritavam no fundo da cabeça, como se pedindo pelo amor de deus pra se materializarem e saírem correndo por que nem elas se aguentam mais. Nem elas aguentam mais o loop constante dos mesmos pensamentos das mesmas inseguranças dos mesmos medos girando na cabeça infinitamente que nem uma máquina de lavar quebrada no modo turbo eterno. Todo dia era dia de nó. Nó no peito, nó no estômago, nó na garganta, nós infindos. Enquanto passava o café, repassava e julgava na cabeça as coisas que ela tinha dito num date