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Mostrando postagens de julho, 2019

Mar Revolto

por que eu, intranquila feito mar revolto, me doo e me dói e não quero mais por que afeto dói e tudo machuca parece que vou explodir em serpentinas preto e brancas espelhando de forma espalhafatosa, espalhando pelos cantos o interior confuso e cinza de uma difusa eu. talvez não tão cinza, visto que sou cheia de cores vistosas mas tão confusas que se tornaram uma meleca marrom estressante de mim. por que as cores vistosas ficam sempre fora de foco e por que apesar de todo mundo me dizer o quanto elas são bonitas, eu ainda valho pouco, quase nada, existo aos pedaços e tudo, mas tudo mesmo, machuca, forma ferida talvez indelével, dentro de mim? seria eu uma bola de sentimentos ruins, um cinza agonizante, que ninguém tem coragem de descrever assim? seria eu mais que um bicho com uma marca que sangra incessantemente, coberta de farrapos manchados de amor, mergulhados em confusão e rasgos que vazam e denunciam o que sou: dor e mais dor? seria eu o bicho homem, me refestelando em destroço