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Mostrando postagens de junho, 2013

Estupro

Foi estuprada. E estava tão perdida, tão sozinha. Não sabia como seguir. Correu pra o hospital mais próximo, mas este quis violentá-la mais uma vez. Quis abrir suas pernas e coletar amostras. Não queria mais ninguém entre suas pernas. Não queria conversar, queria se esconder, queria ficar dentro de si pra sempre. Sentia dor, mas esta ia além da física. Sentia a força com que ele segurara seus braços. Sentia a força com que ele penetrara, sem amor, com vontade. Lembrava da mão sob sua boca, tapando-a. Lembrava de cada gesto detalhadamente, com horror. Horror de continuar vivendo, disso poder estar acontecendo de novo. Sentia nojo de si, nojo dele, nojo. Ojeriza. Sentia até o sangue sendo bombeado freneticamente pra fora do seu coração, como se quisesse ficar vazia e cheia ao mesmo tempo. Como se corresse contra o tempo. Não havia mais lugar seguro, agora. Sentia medo. De voltar pra casa, e encarar a todos, fingindo estar tudo bem. Não estava tudo bem. Não podia guardar esse segredo, mas